quarta-feira, 18 de maio de 2011

Uma aventura caribenha - Capítulo 22

Quinta-feira, 5/08/1999 - Um rápido perfil da Venezuela

     Ciudad Guayana, Venezuela - A cidade, a meio caminho da fronteira com o Brasil (fica às margens do Rio Orinoco, um dos maiores geradores de energia do mundo, graças ao seu volume de água e geografia), retrata o que pode vir a ser a nova Venezuela sonhada pela população venezuelana (*). Jovem (nasceu há apenas 33 anos), incorporou os atributos de qualquer cidade ocidental moderna: carros mais novos, shoppings, praças bem-cuidadas, ruas e avenidas largas.
     É bem verdade que Ciudad Guayana, que cresceu a partir do embrião chamado Puerto Ordaz, pôde contar com a riqueza dos seus recursos naturais (tem ferro e alumínio, além de gerar energia elétrica). Não está livre, no entanto, dos males que afligem a maior parte do país, engolfado por uma crise que desaguou num inquietante índice de desemprego que beira os 40 % da força produtiva.
     O país, que viveu um momento espetacular na crise do petróleo, sobrevive, hoje, desse passado. O petróleo continua sendo sua maior fonte de renda (50 % da receita). As reservas são enormes, mas os preços oscilam sem que o governo possa interferir.
     Para se ter uma idéia da importância do petróleo na economia venezuelana, basta lembrar que cada dólar a menos na cotação internacional do barril representa um buraco de 700 milhões de dólares nas finanças nacionais. Com as variações na economia mundial, as desigualdades na sociedade venezuelana se acentuaram e hoje há uma enorme esperança de mudanças. É o que a população exige de Hugo Chávez.

(*) As expectativas retratam o momento do país, em meados de 1999.

Nenhum comentário:

Postar um comentário