Em Manaus, nossa expedição foi notícia na TV Cultura
Sexta-feira (30/07/99) - Um rio de asfalto
Boa Vista (2h28) - Foi como se estivéssemos de volta à balsa que nos transportou de Porto Velho a Manaus. A BR-174, caminho natural e único para quem se dirige à Venezuela e, em consequência, ao mar do Caribe (objetivo do Projeto Integração), em tudo e por tudo nos remeteu à experiência passada no vigoroso Rio Madeira (foram cinco noites e quatro dias inteiros).
No meio da estrada, o encontro com uma parte da realidade dos moradores
Exuberante no início, atravessando florestas e, de quebra, uma reserva indígena (a dos Waimiri Atroaris), a BR, aos poucos, vai perdendo sua natureza selvagem para dar lugar aos desmatamentos e aos povoados, deixando para trás o encantamento da Amazônia idealizada, até incorporar de vez o perfil de Roraima, um dos estados mais devastado de todos na região, numa repetição quase literal do que aconteceu ao longo do Madeira.
O 'porto' de Manaus, repleto de embarcações de transporte, as 'gaiolas'
De todo o percurso entre Manaus e Boa Vista, sem dúvida o trecho mais interessante foi o da reserva indígena, a cerca de 200 quilômetros da capital amazonense. Nesse trecho, a floresta é, de fato, mais floresta. Pode-se sentir o espírito da região, um pouco de sua magia.
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