sábado, 28 de maio de 2011

Serra ganha prêmio de consolação

     José Serra, o duas vezes derrotado candidato à presidência, não tem do que reclamar. Poucas pessoas - Lula foi uma delas - conquistaram mais de uma vez, como ele conquistou - apesar de derrotado na estréia - o direito de disputar o mais alto cargo de um país. Insistir com seu nome, embora honrado e bem avaliado administrativamente, seria um suicídio, em especial para uma oposição moribunda e sem rumo.
     Fez bem o PSDB, na convenção realizada hoje em Brasília, em - vamos dizer assim - realocar o ex-governador de São Paulo. A futura participação no Conselho Político previsto pela Executiva nacional do partido, é um ótimo prêmio de consolação. Serra não pode esquecer que estará 'sentado' ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, dos governadores Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo ( GO) e do deputado pernambucado Sérgio Guerra - reeleito presidente do partido - num colegiado que ajudará definir as linhas da ação oposicionista.
     A presidência do Instituto Teotônio Vilella, responsável, de fato, pela formatação da política do PSDB, que era pleiteada por ele, ficou mesmo com o ex-senador Tasso Jereissati, derrotado na tentativa de se reeleger.
     Fernando Henrique, como se fosse um motorista de ônibus lotado acionando o 'freio de arrumação', conseguiu, por enquanto, contornar as enormes arestas existentes no principal partido de oposição. Um partido com um grande número de cabeças coroadas lutando pela indicação a um único trono. Nessa campanha, ficou evidente a 'pole position' do senador Aécio Neves, um dos que perderam a noite de sono tentando reduzir as fraturas expostas do PSDB. Correndo por fora, também com direito a claque, o governador Maconi Perillo.

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