quarta-feira, 11 de maio de 2011

Suicídio político

     Marco Maciel (DEM -PE), ex-senador e ex-vice presidente da República, parece empenhado em comprovar, em definitivo, que não há vida decente na política nacional. Sua nomeação para uma assessoria especial da prefeitura de São Paulo, destinada a coordenar o trânsito (???), com um salário de R$ 12 mil (fora vantagens), praticamente joga pela janela a imagem de austeridade que parecia ter cultivado ao longo dos anos.
     E aponta para uma questão, que vem tomando conta das discussões: se ele, que parecia tão digno, respeitado por membros dos mais variados partidos, aceita participar de uma manobra tão medíocre, o que esperar de outros cuja cota de moralidade, em tese, é menor?
     O convite, feito pelo prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM e futuro PSD), tem o mesmo ranço da política mais vagabunda, aquela que faz o loteamento de funções públicas entre amigos e apaniguados e que a atual oposição critica, com toda a razão, no PT.
     Se confirmada, a nomeação pode representar o suicídio político do ex-senador.

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