sexta-feira, 20 de maio de 2011

Uma aventura caribenha - Capítulo 23

O acampamento às margens de um rio cristalino da Grande Savana


Sexta e sábado, 5 e 6/08/1999 - O arauto do fim do mundo

     Gran Sabana, Venezuela - De volta à fronteira, depois de conhecer de perto a bela Ciudad Guayana e o Rio Orinoco, ganhamos um presente do vice-cônsul Rubens de Lima Jorge, sediado em Santa Elena de Uairén: a companhia de um guia especial, o nicaragüense Roberto, um conhecedor da região, para nos ajudar a explorar parte desse imenso parque natural que é a Grande Savana.
     Mas como tudo tem um 'preço1, carregamos conosco seu filho, Igor, um corintiano de 11 anos que parece conhecer todas as páginas do almanaque Abril e todos os cinco mil habitantes da pequena cidade fronteiriça, com os quais conversa num espanhol perfeito.
     É na grande savana, dentro do parque nacional Canaima, que estamos nesse momento, às 10 horas da noite de sexta-feira, acampados ao lado de um das dezenas de rios que nascem aqui, depois de ter visto de perto um dos cartões-postais da região, o Rio Jaspe, com seu piso de ... jaspe, uma cobiçada pedra vermelha protegida por decreto (há também pedras verdes e pretas).
     Também vimos, da estrada, ao longe, um dos tepuys (platôs) mais famosos, que se assemelha (com um pouco de boa vontade, é verdade), a um índio deitado.
     Enquanto o índio permanecer deitado, tudo bem. Reza a lenda que ele vai se levantar um dia, e que nesse dia o mundo vai acabar.

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