quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Uma cidade engarrafada

     Pouco mais de meio-dia e o noticiário em tempo real do jornal O Globo, com base em informações da CET-Rio, alerta para engarrafamentos na Avenida Brasil e no Elevado do Joá. Isso, nesse horário que, teoricamente, estaria justamente entre os dois picos de trânsito. É mais uma evidência da falência da engenharia de tráfego da cidade, incapaz de encontrar uma solução para a explosiva combinação de mais carros em um espaço que não se preparou para a demanda.
     A Barra da Tijuca, nos últimos meses, é o maior exemplo do caos a qualquer momento, que emenda com os desastrosos acessos à Linha Amarela e à Lagoa Rodrigo de Freitas. Fazaer o retorno no começo da Avenida das Américas, por baixo do acesso ao túnel do Joá, é um martírio o tempo todo. Aliás, fazer retorno em qualquer ponto da Américas é um desafio à paciência de todos os motoristas.
     O espaço reservado à espera tornou-se reduzidíssimo. Motoristas desrespeitosos - e o carioca é especialista em desatinos ao volante - formam filas duplas ou triplas nas faixas de rolamento, ignorando as normais de trânsito mais simples e gerando enormes contratempos. Isso acontece não apenas na Barra, é claro. Esse comportamento deletério do afável morador do Rio tumultua inteiramente as saídas da Avenida Brasil e os acessos às linhas Amerela e Vermelha.
     Não há fiscalização decente nem imaginação para contornar esses gargalos. Na Avenida Brasil, por exemplo, se bem administrada, a pista exclusiva para coletivos poderia ajudar a desafogar o trânsito nos setores mais necessitados. E nem deveria existir de Irajá em diante , no sentido de Guadalupe. É uma jabuticaba carioca.
     As vias expressas já existentes sucumbem não apenas ao excesso de veículos, mas à estúpida redução de pistas. Três ou quatro faixas de rolamento se afunilam em até uma , em casos como o do acesso à Linha Amarela, para quem sai da Linha Vemelha, na altura da Ilha do Fundão. Bastam alguns minutos dessa imbecilidade, em horário de trânsito mais pesado, para provocar retenções insuportáveis.
     E a Ponte? Esse inferno não tem solução.

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