sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A muitas faces da farsa

     O primeiro ano do mandato da presidente Dilma Rousseff foi jogado na lata do lixo, atolado nos diversos escândalos que resultaram na demissão de sete ministros, algo jamais visto em toda a nossa história republicana. O país ficou paralisado, incapaz de se desviar das roubalheiras nos principais ministérios. Em termos objetivos, foi um desastre, mas acabou sendo salvo pela habilidade que os detentores do poder demonstram há nove anos e meio: transformar deastres em vconquistas.
     Foi isso exatamente que aconteceu nos episódios envolvendo personalidades do primeiríssimo escalão. Graças a artifícios retóricos, a maior esponsável por tudo o que aconteceu se transformou num símbolo da luta contra a corrupção, como nada tivesse com ela, como se, por definição, não fosse a grande culpada, no mínimo, por omissão na escolha do seus auxiliares diretos na administração do país.
     2012 vem registrando um enorme caos na economia. Ao longo do tempo, inflamos uma gigantesca bolha no crédito - alguém terá que pagar por ela -, patinamos nos investimento em infraestrutura e assistimos, como ficou claro hoje, ao afogamento da nossa principal empresa, a Petrobras, que amargou um enorme prejuízo (R$ 1,34 bilhão, segundo nos contam os principais jornais e revistas), o primeiro desde 1999, quando o mundo viveu uma de suas mais sérias crises.
     É um retrato do mal que o Estado pode fazer à economia, quando interfere nas empresas, passando a usá-las para manobras políticas, como um feudo onde a companheirada é acomodada.
     Aos poucos, a verdadeira face da grande farsa dessa que eu chamo de Era Lula vai sendo mostrada.

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