sábado, 4 de agosto de 2012

A canalhice dessa gente não tem limites

     A colunista Vera Magalhães, da Folha, levanta hoje um tema que, adivinhava-se, tomaria mais fôlego a partir de agora. O ministro Joaquim Barbosa, tão reverenciado pela companheirada em função de embates com Gilmar Mendes (dito e apontado covardemente como um representante do neoliberalismo no Supremo Tribunal Federal, por ter sido indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso), virou o alvo da ira dos amigos e parceiros de fé dos quadrilheiros do Mensalão.
     A canalhice dessa gente que ainda busca desculpas e justificativas para o roubo dos cofres públicos realizado pela tropa de assalto do PT não tem limites. Joaquim Barbosa, pela independência e rigor com que vem tratando a quadrilha subchefiada (o chefe, para mim, continua livre, leve e solto) pelo ex-ministro José Dirceu, é menosprezado e vítima do mais asqueroso preconceito.
     A indignidade dessa gente não me surpreende, mas - nesse caso - enoja. Não há limites na escala de valores adotada nessa Era Lula, na qual tudo é permitido, desde que em nome da 'causa'. Os adversários são atingidos pela vilania de pessoas das quais - em tese, em função do discurso - jamais se poderia esperar algo semelhante.
     Na verdade, esse é o perfil histórico dessa militância especializada em destruir cadeados, quebrar vidraças, apedrejar inocentes e agredir reputações. Quando um personagem deletério como o presidente do PT prega, como pregou, a baderna, em defesa dos criminosos que estão sendo julgados pelo STF, está apenas exibindo a verdadeira face stalinista, mascarada por discursos demagógicos.
     O PT seus satélites são capazes de tudo nessa obsessão pelo domínio do país. Já roubaram (continuam roubando, como nos mostram as investigações recentes da Polícia Federal), fabricaram dossiês, viajaram com dólares na cueca. Atacar a honra de um ministro do STF que ousou ser digno é apenas mais um passo nessa escala de ignomínias que vêm sendo praticadas há nove anos e meio.

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