quinta-feira, 9 de agosto de 2012

João Paulo, um mentiroso

     Vou tomar a liberdade de responder, embora com atraso, ao advogado do deputado federal João Paulo Cunha, do PT, é claro, que presidia a Câmara na época da roubalheira do Mensalão e mandou sua mulher sacar R$ 50 mi, em notas estalando de novas, no caixa do banco Rural. O vibrante causídico pergunta se o quadrilheiro mandaria a esposa ao banco, se fosse ilegal. Pois eu digo que só mandou porque era ilegal, e ele - é evidente - sabia disso.
     Seria mais fácil que ela passasse despercebida, ao receber a bolada, do que ele mesmo, ou algum assessor direto, mais facilmente reconhecíveis em Brasília. O ato foi tão vergonhoso, tão asqueroso que eu ainda fico surpreso quando leio ou vejo que o deputado continua tentando escapar, criando novas mentiras. Todos lembram - ou deveriam lembrar - as diversas versões para o fato encenadas por João Paulo, com aquela cara de seminarista arrependido e sotaque do interior.
     Ao ser confrontado com o flagrante da mulher na boca do caixa, mas sem saber que ela estava enchendo a bolsa de notas, o preclaro deputado petista argumentou que sua cara-metade teria ido ao banco pagar uma fatura da tevê por assinatura. Em seguida, desmascarado, emendou em outras explicações, e mais não disse. Acusado, esteve muito perto de perder o mandato, mas foi absolvido pela maioria da Casa, o que provocou a revolta de todos os integrantes da comissão de ética que pediram sua cassação.
     A primeira acusação citava claramente que ele havia recebido R$ 200 mil, mas o empresário Marcos Valério saiu em seu socorro, dizendo que teriam sido 'apenas' R$ 50 mil. Os demais R$ 150 mil sumiram na poeria. Na época, ele estava empenhado em realizar uma pesquisa para avaliar sua potencialidade política, usando nosso dinheiro, é lógico. Certamente estava pensando em ousar voos mais altos. Hoje, é candidato à Prefeitura de Osasco, com o apoio declarado de toda a companheirada.

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