segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Aquecendo para o Mundial

     Leio no Estadão que a Adidas, fábrica de material esportivo, vai lançar um concurso para escolha do nome da bola da Copa do Mundo de 2014, em terras brasilienses. Algo como a jabulani cabocla. De imediato pensei em três nomes, absolutamente populares e que representariam, talvez como nenhum outro, o espirito brasileiro que prevalece nesses últimos nove anos e meio: 'Mensaleira', 'Caixa 2' e 'Sou, mas quem não é?' (essa última uma referência expressa aos ladrões que infestam o país).
     Confesso que seria difícil, para mim, optar por uma dessas denominações, cada vez mais enraizadas na cultura que essa inacreditável Era Lula institucionalizou do Oiapoque ao Chuí, como nunca acontecera no país. Como a Copa será um evento nacional, com jogos em diversas regiões, a bola precisaria ter essa identificação com nossos políticos em geral, os do PT em especial, por óbvio.
     A 'Mensaleira', por exemplo, rolaria impávida por todos os gramados, assim como a 'Caixa 2', já adotada como símbolo da 'base governista', esse saco de gatos ideológico que reúne, sem o menor pudor, do PT ao PP do deputado Paulo Salin Maluf, parceirão do ex-presidente Lula, passando pelo PTB de Roberto Jefferson,unidos e irmanados na luta por cargos comissionados, ministérios, editais amigos e roubalheira companheira.
     'Sou, mas quem não é?', também teria grande afinidade com o discurso da turma que defende os quadrilheiros do Mensalão, os falsificadores de dossiês, carregadores de dólares na cueca e beneficiados de contratos com ONGs amigas e penas (teclas, na verdade) de aluguel caro. A bola estaria sempre com eles, controlada, pronta para ser usada como resposta às investidas pela 'direita', que é como chamam todos os que denunciam seus roubos em nome da 'causa'.
     "Roubei, sim, mas todos roubam", seria a mensagem mais marcante do futuro Mundial, já carimbado por um recorde absoluto: as obras do Maracanã, que já havia passado por uma reforma recente, começaram orçadas em algo em torno de R$ 600 milhões e já alcançaram a estratosférica cifra de R$ 1,2 bilhão. E temos o escândalo do aporte de verbas para construção do novo estádio do Corínthians (particular!!!"), as alterações de projetos viários etc etc.
     E estamos, ainda, no fim do primeiro tempo de obras. O segundo tempo promete muitas emoções para as equipes das construtoras, que jogarão com o apoio total dos nossos probos administradores públicos. Sem falar que esse tipo de jogo tem sempre prorrogação e, com sorte, disputa de pênaltis.

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