quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Cadeia para eles!!!

     Dois a zero para a decência. O ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, não conseguiu convencer os ministros relator e revisor do processo do Mensalão do Governo Lula, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, respectivamente, de que estava fazendo um mero "favor" ao PT ao receber a apreciável soma de R$ 326 mil. Segundo ele, o dinheiro se destinava a um integrante do partido oficial. Como se isso absolvesse alguém do envolvimento na ladroeira.
     Ficou claro, para os dois primeiros ministros a darem seus votos, que Pizzolato estava recebendo uma bela comissão pela liberação de uma fábula (mais de R$ 70 milhões) do Fundo Visanet para as empresas do publicitário Marcos Valério, encarregado de distribuir o dinheiro entre a companheirada e os apaniguados do Governo, através do Banco Rural e do BMG. A essa altura, o ex-diretor de Marketing do BB já deve estar sonhando com a cadeia.
     E se ele, que liberou a dinheirama, é culpado de um par de crimes, os beneficiados pelo esquema também são. Não há meio termo. Se o dinheiro era roubado, todos os que dele se beneficiaram fazem parte do mesmo bando, a tal quadrilha chefiada pelo ex-ministro José Dirceu e apontada pela Procuradoria-Geral da República como responsável por um dos maiores atentados à democracia brasileira.
     A coincidência de opiniões entre o relator e o revisor do processo, que andaram se estranhando ao vivo e cores, deve ter acendido todos os sinais vermelhos e acionado todos os apitos entre os réus. Se dois juízes que divergiam na forma convergem no conteúdo, imaginemos os demais - à exceção, agora não tenho mais dúvida, de José Antônio Dias Toffoli, que continua defendendo seu ex-chefe José Dirceu, como fazia nos seus tempos de advogado do PT.
     A balança, vê-se, começa a pender para o lado da dignidade, do resgate de princípios básicos. Já começo a sonhar com as imagens de alguns próceres dessa Era Lula algemados e entrando no camburão que os levará para as celas de um presídio, por um bom par de anos.

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