sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O sono dos justos

     O tema já não é novo, mas acho que ainda vale uma referência, pela presença ainda constante nas redes sociais, como arma da companheirada que defende os quadrilheiros do episódio que ficou conhecido como Mensalão - o assalto aos cofres públicos institucionalizado no primeiro governo Lula. A turma não perdoa o cochilo dos ministros Gilmar Mendes e Celso de Melo, do STF, durante uma das sessões, ao longo da explanação de um dos advogados dos réus.
     Ao contrário, eu diria que os dois dormiam o 'sono dos justos', consciência traquila para decidir o destino dos quadrilheiros. E tinham toda a razão. Eu não me imagino ouvindo, ao vivo e a cores, aquela chorumela da defesa, tantando explicar o inexplicável, afirmando que todos era inocentes, que de nada sabiam, que tudo não passou de um simplório caixa 2, crimezinho vagabundo que já estaria prescrito. Na melhor das hipóteses, cairia no sono, Na mais provável, teria ânsias de vômito.
     Mas reconheço que ficaria dividido entre fechar os olhos para não ouvir Márcio Thomaz Bastos - o advogado de crimininosos ricos e importantes - e abrir bem a mente para questionar uma defesa insustentável, como fez ontem o ministro Joaquim Barbosa, ao desmontar a teoria de que o dinheiro da roubalheira não era público.

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