terça-feira, 14 de agosto de 2012

A história também condena

     Admito que é um exercício forte, que não pode ser elaborado literalmente, mas há enormes afinidades entre o processo que levou o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou Partido Nazista, ao poder na Alemanha, em 1933, e a construção do Partido dos Trabalhadores e a entronização de Lula no pedestal de líder máximo, a exemplo de Adolf Hitler. Na verdade, todos os partidos de extrema nascem da mesma receita que também produziu o comunismo e o fascismo.
     Essa composição, que sempre foi clara para mim, tomou formas ainda mais atualizadas ontem, ao assistir ao sensacional e renovado programa exibido pelo Discovery Channel, sobre a trajetória do Partido Nazista e a construção do mito do Fürher (sou um apaixonado pela Segunda Grande Guerra e pela história brasileira do século 19), que evidenciava, a cada cena, a enorme coincidência entre as práticas, especialmente as de propaganda, eternizadas por Joseph Goebells. A empulhação que aproxima Hitler dos trabalhadores, dos homens comuns, e apaga todas as suas inconsistências é exemplar.
     Assim como Lula, Hitler era vendido aos olhos do povo massacrado pela perda de uma guerra e pela crise econômica de 1929 como alguém módico em gastos e gostos, absolutamente íntegro, que sequer dispunha de um lugar para morar, o que jamais foi verdade. Assim como o líder fanático e enlouquecido, nosso ex-presidente também foi adotado por uma parcela significativa da classe altíssima, como um bibelô. Suas extravagâncias pessoais - em 'todos' os campos - também eram e são omitidas. A simplória cachaça em público, Romanée Conti em particular.
     O crescimento estrondoso do Partido dos Trabalhadores também encontra paralelos com o registrado pelo Partido Nazista, que soube, como nenhum outro, usar grandes emprésarios a seu favor, cooptando-os com a promessa de ganhos futuros quando fosse poder. As grandes corporações, pode-se afirmar sem medo de errar, tiveram um papel prepoderante do III Reich, assim como por aqui financiam o projeto de poder petista, numa simbiose inimaginável há pouco mais de dez anos. Não à toa, nossos bancos jamais foram tão lucrativos quando agora, assim como as grande construturas nunca foram tão vencedoras.
     Outra característica marcante de ideologias que exaltam o líder inconteste é o extremo desprezo pelos auxiliares, que são descartados sem piedade, desde que isso ajude a preservar a imagem do chefe. Na Alemanha nazista, incontáveis generais foram executados para que deixassem de interferir na rota de Hitler. Por aqui, Lula e Lima Rousseff deceparam e decepam braços direitos sem a menor cerimônia, na luta pela preservação da imagem pessoal. O episódio do Mensalão e as demissões de ministros ano passado são exemplos dessa prática.
     Os braços armados do Partido Nazista (paramilitares), responsáveis por incontáveis atos de violência, têm, no Brasil, seus correspondentes no MST, na UNE e nas tropas de choque da CUT, sempre a postos. É evidente que estou traçando paralelos relativos. Na Alemanha, grupos de vândalos atacavam propriedades dos judeus, quebravam vidraças, agradiam, matavam e roubavam. No Brasil que formatou o estilo petista de ser, adversários eram apedrejados e recebiam pontapés nas ruas; reitorias de universidades em estados governados pela Oposição eram e são ocupadas; fazendas produtivas são invadidas.
     O método é o mesmo: impor uma ideologia pela violência, pelo terrorismo, pelo atropelo da decência, com a complacência e estímulo disfarçado dos que se apresentam como defensores da liberdade. Tudo em nome de uma causa.




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