segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Ministro prova desvio de dinheiro público

     O ministro Joaquim Barbosa, com precisão total, vem demolindo as bases da defesa dos quadrilheiros que avançaram nos cofres públicos, no espisódio que ficou conhecido como Mensalão do Governo Lula. Não há alegação que resista ao detalhamento do relator do processo, ao seu cuidado com os acontecimentos, com as ligações entre eles, com apromiscuidade dos participantes desse que foi o maior escândalo da nossa história recente.
     Hoje, Joaquim Barbosa mostrou, sem sombra de dúvidas, que o Banco do Brasil, através do Fundo VisaNet (dinheiro público!!!), irrigou campanhas e bolsos companheiros, usando o esquema administrado pelo publicitário mineiro Marcos Valério, através de suas empresas. Eu venho batendo sistematicamente nesse ponto: o dinheiro saía do Governo e ia para o PT e seus assemelhados (nada pode ser tão semelhante - em essência e ideologia - quanto o PT de Lula e o PP de Paulo Maluf).
     O ministro, além de ter encontrado um desvio de nada menos do que R$ 73 milhões, deixou bem claro que o ex-direitor do BB, Henrique Pizzolato, participava, sim, do esquema. E que sabia de tudo o que ocorria. Aliás, Joaquim Barbosa frisa que não cabe a alegação de desconhecimento. O mecanismo, como vem sendo exposto, era público e notório, pelo menos para parte significativa do Governo.
     Pelo rigor dos votos proferidos até agora, Barbosa leva a crer que será inflexível com todos os envolvidos. Em comentário publoicado em Veja, o ministro teria destacado que não há "blablablá" que resista à análise dos fatos, em uma referência à retórica usada pela defesa dos réus para desqulificar a denúncia e o denunciante (o procurador Roberto Gurgel). Ele trabalha sobre fatos determinados. E contra os fatos, sabemos, não há argumentos.

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