sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O preço da vigarice ideológica

     O Brasil está pagando o preço da histórica irresponsabilidade petista. As greves e arruaças que se espalham pelo país há tanto tempo são literalmente o resultado de anos de demagogia e de pilantragem ideológica destinados a desestabilizar os governos de adversários políticos. Embora seja um direito consagrado, a greve, especialmente do setor público, deve ser regida por um mínimo de bom senso, de lógica e respeito às leis. Não foi o que aconteceu principalmente nos governos de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo.
     Estimulados pelo PT e assemelhados, sindicalistas exorbitavam, gerando calculadamente os confrontos que eram explorados eleitoralmente, da maneira mais cínica. Hoje, governo, os mesmos personagens que açulavam funcionários mostram toda a sua inconsistência, ao negar o que é pedido e - o mais grave - punindo o país, por omissão criminosa.
     As filas de caminhões nas fronteiras com Argentina e Paraguai, exibidas repetidamente nos últimos dias, explicitam a irresponsabilidade do governo. Fortunas estão sendo atiradas nos ralos das rodovias paralisadas pela inércia de quem deveria assumir a responsabilidade por intervir e solucionar o caos que se espalha por todas as partes. A bandidagem da Polícia Rodoviária Federal remete a ações de chantagistas.
     O desrespeito aos direitos do cidadão é ignorado por essa gente que está se afogando na lama demagógica que construiu. A entrevista da ministra Míriam Belchior, do Planejamento, ontem, foi de revirar o estômago, pela covardia demonstrada em relação à baderna imposta à população. Não poderia ser diferente: há uma década, essa mesma companheirada insuflava trabalhadores e aplaudia entusiasticamente atos de vandalismo explícito.
     Por onde anda o antes tão inflamado ministro da Educação, Aloísio Mercadante? A paralisação das universidades federais já extrapolou todos os limites e nada foi feito. O ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, teoricamente o chefe dos policiais federais, é uma daquelas piadas sem a menor graça que marcam essa Era Lula. E a presidente? Pelo que soubemos hoje, entre outros, pelo O Globo, está pensando em pedir a ajuda do seu antecessor para convencer os grevistas a darem um tempo. Afinal, estamos em um ano eleitoral. A turma já não sabe o que fazer para disfarçar a falta de comando para enfrentar as greves ilegais, a CPI do Cachoeira e o julgamento do Mensalão.
     Pelo menos o MST e a UNE, braços muito bem pagos pelo Planalto, estão colaborando.

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