sábado, 11 de agosto de 2012

Pagando o pato, nas bombas

     Quando me dei conta, o marcador de combustível (na verdade, o alerta para o fim próximo do combustível) acendeu. Parei por ali mesmo, na Rua Pinheiro Machado, quase em frente ao Fluminense. Entreguei a chave do tanque ao funcionário e só aí olhei para o preço do litro da gasolina comum: R$ 3,04. É isso mesmo. Como não havia outro jeito, nem tempo para fazer pesquisa de mercado (não adiantaria muito, mesmo), completei o tanque e saí dali pensando no que eu faria se encontrasse alguém da Petrobras que falasse em disparidade de preços e necessidade de reajuste.
     Na verdade, há uma disparidade, sim, mas contra nós, infelizes consumidores compulsórios dos produtos desse monopólio estatal. E, aqui, cabe uma explicação: é um monopólio, sim, pois a Petrobras controla, de fato, todo o refino. Se alguém ainda não sabe, tomo a liberdade de lembrar que a gasolina vendida por todas as distribuidoras jorra da mesma fonte. Cada marca acrescenta seu toque pessoal, seu aditivo. Mas a base é a mesma.
     Em Nova Iorque - escrevi isso ontem, com base em informações públicas -, o litro da gasolina custa em torno do equivalente a R$ 2,00, sem os riscos do batismo que nos atinge. Os brasileiros que moram nas proximidades do Paraguai cruzam a fronteira para abastecer seus carros. Ostentamos - e essa a grande verdade - algo em torno da vergonhosa 13ª posição entre as gasolinas mais caras do mundo (estou repetindo dados já destacados em O Globo e aqui, no Blog).
     Ao contrário do que tentam nos convencer, nossa gasolina chega ao consumidor final por um preço absurdo. Se, ainda assim, provoca prejuízos a essa gigantesca fábrica de empregos e financiamentos companheiros, isso prova o quanto ela se tornou ineficiente nos últimos anos, ao contrário do que alardeava o marketing que partia do Palácio.

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