quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Por um Brasil melhor

     O Brasil será outro a partir de amanhã, quando começa o julgamento de um dos maiores atentados à democracia e à liberdade cometidos nesses tempos que podemos chamar de moderníssimos. Não estarão sendo julgados apenas os 38 réus que compõem o que a Procuradoria Geral da República classificou de quadrilha que investiu contra os cofres públicos. Outros mais já o haviam feito - o assalto contumaz aos bens nacionais - e continuam fazendo.
     O Supremo Tribunal Federal estará julgando, principalmente e mais do que alguns criminosos, um modo canalha de fazer política, que expropria a coletividade em benefício de um grupo, de um projeto de poder. O ex-ministro José Dirceu - apontado como o chefão desse grupo deletério - apenas sintetiza o desprezo que o eventualmente digno Partido dos Trabalhadores e seus assemelhados devotam aos conceitos mais caros de liberdade, democracia, respeito ao contraditório.
     Em nome de um projeto que se propunha e ainda propõe a dominar o Estado, tudo seria desculpável e aceito, inclusive o assalto mais rasteiro, as manobras mais vis, os acordos mais degenerados.
     Não posso, e não me preocupo com isso, prever resultados. O simples fato de a Nação revolver um período tão nefasto da vida recente já representa uma vitória da dignidade, uma demonstração de que ninguém pode fazer o que bem entende, independentemente de índices de popularidade. A democracia plena exige, antes de qualquer outra coisa, decência de seus atores.
     A exposição dos fatos lamentáveis ocorridos ainda na primeira fase dessa desastrosa Era Lula vai fazer um bem enorme ao país. A condenação dos criminosos seria uma gratificante, bem-vinda e merecida bonificação.

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