segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A falácia da Petrobras

     Um amigo dileto, sem saber, vai me ajudar a repudiar, mais uma vez, a falácia alimentada pela Petrobras quando acusa a disparidade de preços dos combustíveis pelos prejuízos alarmantes que se tornaram recorrentes. Romildo Guerrante, um jornalista que ajudou a fazer a história do antigo Jornal do Brasil, nos fala, hoje, em texto publicado na rede social, que o preço da gasolina nos Estados Unidos, mais precisamente na cidade de Los Angeles, onde ele está nesse momento, é equivalente a R$ 1,90 por litro.
     Aqui ao lado, no perseguido Paraguai (que nada produz) e na Venezuela (onde o petróleo jorra), a realidade não é muito diferente. No Brasil - que se anunciou autossuficiente na produção de petróleo, 'por acaso' às vésperas da última eleição presidencial -, o preço do produto oscila em torno de R$ 2,80, e já esteve ainda mais alto. Isso, levando em conta que há uma adição obrigatória de álcool, que gira em torno de 22%.
     O que há, na verdade, é um somatório de má gestão, carga tributária absurda, falta de investimentos em infraestrutura (para aumentar a capacidade de refino), a velha ganância na ponta da linha e - de acordo com o noticiário recente - com a utilização da Petrobras como instrumento político, cabide de empregos e financiadora de arte e artistas 'engajados'. É verdade que importamos combustível mais caro do que vendemos. Mas isso é apenas mais uma demonstração de incompetência.
     O Brasil tem petróleo - o que já se sabe há algumas décadas -, mas seus governantes não têm vergonha na cara nem capacidade para gerir seu potencial.

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