segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Presidente foge dos 'companheiros trabalhadores'

     A presidente Dilma Rousseff, uma das mais lídimas representante do PT, quem diria, precisou viajar às escondidas, para o Rio, com medo de manifestação de funcionários públicos. Chegou na moita, sem aviso prévio, e ainda assim foi preciso o Batalhão de Choque da Polícia Militar ocupar as cercanias do Teatro Municipal, na Cinelândia, Centro - onde ela participou de uma solenidade de premiação de estudantes -, para livrá-la - quem sabe? - de uma tomatada, ou de uma ovada. Das vaias, com certeza, ela não escaparia.
     É o exemplo mais acabado de um estilingue virando vidraça. O PT passou a vida pré-poder insuflando, aterrorizando, agredindo. Construiu seu perfil na base dos pontapés, pedradas e dossiês falsos. Está, apenas, provando do próprio veneno, sem direito a reclamação. Seria um absurdo, convenhamos, se a companheirada não aceitasse o direito às manifestações, principalmente quando vindas de trabalhadores.
     O noticiário sobre o incidente envolvendo manifestantes e a segurança da presidente refere-se 'apenas' a tumultos no trânsito. Dilma passou longe do turma. Já imaginaram a cena: um grupo de 'companheiros trabalhadores' xingando e empurrando a comitiva presidencial, logo em um ano eleitoral? Ou uma simplória bolinha de papel atingindo a cabecinha da presidente?
     Não, não sou a favor de atos estúpidos. Ao contrário. Jamais aceitei o uso de violência contra quem quer que seja, especialmente um presidente da República. Sempre repudiei a ignorância, o vandalismo. O direito à manifestação pressupõe respeito, pelo menos, à função, o que jamais existiu quando o PT era oposição. Nessa época, valia tudo, sob os olhares cínicos e sorrisinhos complacentes e estimulantes da turma. E se a polícia cumprisse a obrigação, afastando os manifestantes, a vigarice chegava ao limite, com a exposição dos agredidos pelas armas neoliberais.
    
 

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