Essa batalha entre Ronaldinho Gaúcho e seu ex-clube se torna mais degradante e lamentável, a cada dia. Não é possível que esse noticiário esteja agradando a algum torcedor, independentemente da paixão. Deprimente, sob todos os aspectos, exibe apenas - e parece que o clube, em especial, ainda não percebeu - detalhes sórdidos de uma relação também sórdida. Se tudo o que está sendo divulgado é verdade - como parece ser -, por que nada foi feito?
Fica claro que havia uma desprezível conivência da direção do clube com os desmandos de seu atleta, tratado - como acontece em todos os clubes, não se pode esquecer - como um adolescente levado, e não um profissional muitíssimo bem pago (pelo menos deveria estar recebendo...).
Os maiores responsáveis por esse tipo de comportamento, por essa relação promíscua, são os dirigentes, sempre dispostos a passar a mão pela cabeça dos seus atletas, quando os clubes estão vencendo, de olho nos votos dos sócios e - no caso dos presidentes dos nossos clubes de maior torcida - dos eleitores.
Ao acusar seu ex-atleta favorito de tantos e tão diversos malfeitos, os dirigentes rubro-negros estão apenas passando um atestado de irresponsabilidade, pois foram eles que alimentaram o monstro que agora demonizam.
Que esse episódio sirva de lição não apenas para o ex-clube de Ronaldinho, mas para todos os demais. Chega desse tipo de paternalismo vagabundo.
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