sexta-feira, 8 de junho de 2012

Julgamento histórico

     Já era de se esperar. O PT oficializou seu desespero com a confirmação do início do julgamento do Mensalão do Governo Lula, o maior assalto intitucionalizado aos cofres públicos da história recente dessa pobre República. O argumento - mais um, nessa série infindável de vigarices retóricas: começando em agosto, terá influência nas próximas eleições municipais.
     Entendi esse lamento como uma admissão de culpa. O PT sabe que é praticamente impossível livrar alguns de seus principais representantes da condenação. Há, até mesmo, a possibilidade de um ou outro sair do Supremo Tribunal Federal direto para a cadeia, onde os 38 quadrilheiros já deveriam estar há um bom par de anos. Sem falar no fato de que falta gente graúda no banco dos réus. Para mim, José Dirceu era o subchefe.
     Todas as manobras e pilantragens tentadas até agora - para tentar livrar a companheirada do julgamento - mostraram-se vazias, falharam. A mais recente - a chantagem do ex-presidente Lula contra juízes do STF, Gilmar Mendes, em especial - só serviu para acirrar ainda mais o repúdio à interferência na Justiça, algo inadmissível em um país que se pretende digno.
     O julgamento, como está posto, independentemente do resultado - quero deixar claro -, repõe o Brasil na trilha do direito, da verdadeira intolerância com os malfeitos - não com essa fantasia criada a partir da descoberta de atos lesivos ao país, durante o Governo Dilma.
     Julgar a quadrilha que assaltou os cofres públicos, segundo denúncia da Procuradoria Geral da República, resgata um pouco da nossa dignidade e reverencia a luta de gerações para recolocar o país no rumo da democracia.

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