As brigas internas do PT vêm servindo, ao menos, para expor contradições e comportamentos inadmissíveis em um país que reconstruiu a democracia. Os grupos que lutam pelo poder, quando pisoteados no processo interno, abastecem a imprensa com fatos que, por si só, demonstram a enorme mentira representada por esse partido que, um dia, apresentou-se como porta-voz da dignidade. Sem medo de errar, usando uma imagem bem atual, posso afirmar que o PT é, na verdade, o senador Demóstenes Torres dos partidos.
Graças às divergências, a revista Veja teve acesso a um documento elaborado pela direção petista especialmente para orientar seus representantes na CPMI que investiga o envolvimento do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos, empresários e governantes das eseferas municipal, estadual e federal. Uma espécie de manual da vigarice voltado para auxiliar na luta pela desqualificação dos encarregados de julgar o mensalão do Governo Lula, o maior assalto institucional aos cofres públicos já registrado no país.
Veja mostra que a companheirada foi instruída a desancar determinados oposicionistas, alguns magistrados e - e claro!!! - a imprensa, a inimiga número um dessa gente desqualificada, por expor seus desmandos e roubalheiras. O ministro Gilmar Mendes - que Lula tentou chantegear -, de acordo com o manual petista de pilantragens, é um dos alvos principais da investida, seguido de perto pelo procurados-geral da República, Roberto Gurgel, jamais perdoado por ter mantido a denúncia contra a quadrilha chefiada pelo deputado cassado José Dirceu. E, nesse ponto, me permito uma observação: a cada dia que passa, mais eu me convenço que o ex-ministro de Lula era 'apenas' o subchefe dos malfeitores e agia em completo acordo com o chefe.
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