sexta-feira, 15 de junho de 2012

Maluf e PT, uma parceria 'ideológica'

     O ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf, atual deputado federal pelo PP (a sigla é absolutamente sugestiva), aparece com destaque em duas notícias hoje. Em O Globo, seu nome surge, ao lado de outros quatro brasileiros, em uma lista dos maiores corruptos do planeta, divulgada pelo Banco Mundial, em parceria com a ONU, através de seu órgão de combate ao crime organizado e às drogas.
     O homem está lá, citado duas vezes. Não é para qualquer um. Os outros destacados são o ex-subsecretário de Administração Tributária do Rio de Janeiro, Rodrigo Silveirinha, aquele do 'Propinoduto de 2002' (cobrava propina em troca de benefícios fiscais); os banqueiros Cid Ferreira e Daniel Dantas; e a irma de Daniel, Verônica Dantas. É roubo para mais de R$ 1 bilhão. Eu diria que o mundo, mais uma vez, se rendeu ao nosso Brasil varonil.
     Pois bem. O mesmo líder das estatísticas da corrupção acaba de fechar negócio com a candidatura do petista Fernando Haddad, concorrente à prefeitura de São Paulo, como destaca o Estadão. Em troca da nomeação do secretário Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, 'Dr. Paulo' cedeu ao PT mais 1m35 no horário político obrigatório. Será um programa imperdível: Lula, a presidente Dilma Rousseff, Maluf e José Dirceu, unidos e coesos em torno de um objetivo comum, afinados 'ideologicamente', irmãos de fé, camaradas, como vem ocorrendo há nove anos e meio.
     Se não tivesse domicílio eleitoral em Alagoas, o ex-presidentre e atual senador Fernando Collor de Melo - um aliado de todos os momentos - poderia se juntar ao grupo. Identidade não falta.
     Essa lista do Banco Mundial está incompleta.

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