terça-feira, 12 de junho de 2012

O Stalin 'moderno'

     O co-responsável pelas atrocidades cometidas pelo ditador sírio, Bashar Al-Assad, Vladimir Putin, presidente das Rússia, deu nova demonstração do 'apreço' que tem pelo contraditório, pela liberdade de expressão. Alvejado por críticas e pela iminência de manifestações contra seus desmandos - típicos de ditadores -, não pensou duas vezes: mandou prender opositores, vasculhar computadores, invadir residências e associações.
     O governo russo, embora a fantasia de liberdade, continua sendo arbitrário e intolerante. Putin usa o poder como se ainda vivesse na malfadada União Soviética, sob o desastrado e criminoso regime comunista. Atropela o direito à autodeterminação dos povos outrora pisoteados, ignora leis, corrompe, manipula resultados eleitorais e se alia ao que há de mais deplorável no mundo, como um meio de se manter como protagonista.
     Putin cultiva os métodos e o estilo desenvolvidos ao longo de seus anos na polícia secreta soviética. Cultiva o amor ao arbítrio e à vocação imperialista que levou à subjugação de vários países vizinhos, libertos da opressão soviética após queda do Muro de Berlin.. Internamente, afoga qualquer ameaça de resistência democrática. Externamente, dá sustentação a governos assassinos, como o sírio e o da Coreia do Norte.
     Os milhares de sírios assassinados pelo regime de Assad devem ser computados, também, aos milhões de mortos pelo regime soviético e pelo mais expressivo representante de seus desatinos nos tempos que deveriam ser modernos. Putin, guardadas as proporções, é um retrato desfocado de Stalin, um dos maiores genocidas da  nossa história.

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