terça-feira, 5 de junho de 2012

Governadores afogados

     A cada dia mais me convenço que nossa Federação ficaria mais forte, respeitável e digna com a cassação dos ainda governadores Marconi Perillo (PDBB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), atolados na lamaceira que vem escoando da CPI que apura os escândalos que envolvem o contraventor Carlinhos Cachoeira, empresários, políticos em geral e alguns governos estaduais, municipais e fedreral, em especial.
     A cada depoimento ou gravação que vem a público, surgem novas evidências, indicações, dúvidas. Marconi Perillo - talvez pela força da tropa de choque petista na Comissão - tem sido o alvo mais fácil e constante. As acusações brotam naturalmente, a cada novo depoimento. A venda de uma casa, onde 'coincidentemente' Cachoeira foi preso, transformou-se num tormento, graças à torrente de versões.
     Pela última, ficamos sabendo que a casa foi comprada de Perillo com dinheiro vivo, em notas de R$ 50 e R$ 100, e não através de três cheques, como constava até agora. Cheques, diga-se de passagem, que teriam sido avalizados pelo contraventor e pela empresa Delta.
     Contra o petista Agnelo Queiroz também há denúncias para todos os gostos, que remetem até à sua desastrosa gestão à frente do Ministério do Esporte, no Governo Lula (tinha que ser!), quando ainda era do PCdoB. É só colocar a mão na sacola e tirar um papelzinho retórico com uma das muitas acusações de pilantragem.
     Dos três, Sérgio Cabral é o mais protegido, graças à sua identificação com ... Lula (onipresente, quando se fala em corrupção no Brasil), de quem é protegido e a quem chegou a pensar em suceder, em algum momento. As ligações deletérias e promíscuas com a Delta Construtora soterram qualquer projeto político mais abrangente. Cabral talvez jamais escape do efeito das fotos e vídeos em que aparece ao lado do empresário Fernando Cavendish e diversos secretários, em folganças europeias.
     Eles, os três governadores, ficariam à vontade ao lado do ainda senador Demóstenes Torres. Poderiam - quem sabe? - formar duplas para jogar canastra.

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