segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cuecas e cuequeiros

      Foi inevitável. Ao ler a matéria sobre a prisão de um cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro com R$ 11 mil escondidos na cueca, minhas lembranças foram remetidas diretamente a um episódio semelhante dessa infindável 'Era Lula', embora muito mais recheado e volumoso.       O cabo, que teria se envolvido em um tiroteio em um posto de gasolina de um subúrbio carioca, argumentou que a dinheirama pertencia, de fato, à namorada, uma funkeira conhecida como 'Mulher-Filé'. Ele estaria, apenas, servindo de mula, transportando o cachê que a 'artista' recebera por um show. Não escapou da prisão.
      Já o cuequeiro mais famoso está por aí, livre, leve e solto. O processo que apura o incidente ainda está na fase de tomadas de depoimentos. Em 2005, José Adalberto, então assessor do deputado petista José Guimarães (irmão do ex-deputado José Genuíno), foi preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando tentava embarcar para Fortaleza levando R$ 209 mil e e US$ 100 mil escondidos na cueca.
      O dinheiro, segundo denúncia, era parte de propina destinada a Kennedy Moura, dirigente do PT (que novidade ...) e assessor especial da presidência do BNB, como pagamento por sua participação na liberação de R$ 300 milhões para o Sistema de Transmissão do Nordeste SA. Simplificando: roubo envolvendo petistas graúdos, fato que o tempo mostrou que se tornou recorrente nessa nossa infelicitada República.

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