quarta-feira, 6 de junho de 2012

De carona no BRT

     O inimputável ex-presidente Lula pegou carona na inauguração da TransOeste, hoje, no Rio, e mais uma vez afrontou a Justiça, ao pedir votos para o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que vai concorrer à reeleição. Lula e todos os envolvidos nesse crime eleitoral sabem que transformar um ato público em comício agride a Legislação, que deveria ser mais séria e rígida para inibir esse tipo de manifestação.
     A presença do ex-presidente no ato, em si, pode ser considerada um artifício eleitoreiro usado pelo prefeito, ávido pelos votos que Lula - inegavelmente - é capaz de gerar. Mas esse comportamento é recorrente no histórico do antecessor de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Agiu dessa maneira, ignorando limites, durante os oito anos de governo, sabendo que contaria coma leniência de julgadores.
     Fez algo semelhante semana passada, ao carregar Fernando Haddad, seu candidato de estimação à Prefeitura de São Paulo, ao deplorável Programa do Ratinho e apresentá-lo como algo novo no cenário político. Logo Haddad, o ex-ministro da Educação que se notabilizou pelos escândalos envolvendo o Enem e pela luta empedernida pela devastação da língua portuguesa.
     Lula é assim, sempre foi. Seus atos, embora pareçam impulsivos, são orquestrados, como os shows de pastores eletrônicos que tratam doenças incuráveis com a simples imposição das mãos. Aposta sempre na simplicidade das plateias, prontas a depositar presente e futuro aos pés de um messias qualquer. Mente, agride, inventa, chantageia. Fala aos pobres e adula os ricos - não podemos esquecer que o sistema bancário brasileiro nunca foi tao bem-sucedido quanto nos últimos nove anos e meio.
     E está sempre a postos para usar uma conquista popular - como a inauguração da nova via expressa carioca - em benefício próprio e/ou de camaradas.

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