terça-feira, 26 de junho de 2012

Haddad ameaça São Paulo

     É verdade que, aqui no Rio, também estamos imprensados entre o ruim e o ainda pior, dependendo do ângulo pelo qual a questão é analisada. Mas nada pode ser mais sinistro, a princípio, do que uma eventual eleição do ex-ministro Fernando Haddad (o exterminador do Enem e da língua portuguesa) para a prefeitura de São Paulo, a cidade mais importante da América Latina.
     Havia o risco quase desprezível (mas assustador, também) de os paulistanos serem governados pelo cantor Netinho, aquele de voz macia e mãos pesadas, mas o PCdoB fechou com o PT, após interferência direta - mais uma! - do ex-presidente Lula. O 'comunista' Netinho (podem dar gargalhadas ...), pelo que nos revelam jornais paulistas, desistiu do combate após o parceiro de Maluf ter prometido que lutaria para que ele - o 'artista' - tivesse um programa na tevê. Talvez um quadro, no Programa do Ratinho - quem sabe?
     Mas voltemos a Haddad. Ontem, ao saber que seu aliado e companheiro de lutas, o emblemático deputado federal Paulo Salim Maluf (PP-SP) disse que, se comparado a Lula, seria um comunista, o defensor das concordâncias absurdas se disse feliz, pois pretende fazer "um governo de esquerda". Temo pelo futuro de São Paulo, caso essa ameaça se torne realidade.
     Olhando para os últimos nove anos e meio em que o PT está no poder, podemos concluir que, com um governo de 'esquerda', os cofres municipais seriam saqueados ao limite; os secretários negociariam emendas e aditivos; as obras na cidade sofreriam com superfaturamentos; a corrupção e o suborno se transformariam em práticas comuns; haveria um PAC amigo em cada bairro. Enfim: a cidade de São Paulo viveria à semelhança do país, imersa em roubalheiras.

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