sexta-feira, 22 de junho de 2012

O cafuné presidencial

     A 'faxineira' mais bem paga do país agiu, mais uma vez, como aqueles empregados de chanchadas que empurram grotescamente a sujeira para baixo do tapete, mas deixam um rastro indelével pelo caminho. Um rastro enorme, marcante, pegajoso, malcheiroso e indesculpável. Aproveitando a inexplicável e injustificável presença do ex-presidente Lula (ele parece são saber o sentido do prefixo) em um jantar, pago pelos contribuintes, para chefes de Estado e de Governo africanos, Dilma Rousseff acenou para seus convivas com a oferta de "inclusão social" que teria sido criada pelo seu antecessor, a quem ela chamou de "meu querido presidente e líder".´
     Não precisou dizer que estava afagando o responsável por mais uma das incontáveis jogadas inescrupulosas - os abraços e beijos com o deputado Paulo Maluf, para pagar a cessão de 1,45 minuto para a campanha política do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, candidato Prefeutura de São Paulo. Ficou claro. Lula não merecia ser crucificado sozinho. Ele, por ser inimputável e desprovido de superego, apenas externou a alma petista. Nada mais.
     O PT e seus asseclas jamais tiveram qualquer pudor em se associar ao que há de pior não só no Brasil, mas no mundo. Não seria justo jogar toda a culpa desse novo malfeito apenas e tão-somente no 'cara'. Afinal, ele agiu pensando (?) no bem maior, na causa. Abraçou, em público- com a desfaçatez dos desprovidos de senso ético -, o que seus partidários beijam nos corredores e quartos escuros. Por isso, o cafuné presidencial.
     Eles se merecem.

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