Depois da badalada entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, domingo (confesso que só vi algumas chamadas, por acaso, no intervalo do jogo do Vasco), na qual descartou a volta da CPMF, a presidente Dilma Roussef acentuou, hoje, em entrevista - desta vez - coletiva, a necessidade de mais recursos para a área de Saúde e minimizou a importância da gestão dos recursos públicos. Acho que a presidente não leu a manchete do jornal O Globo, ou a síntese do noticiário preparada pelos seus assessores. Não chego a dizer que apenas a gestão séria e responsável do caixa do Governo resolveria os problemas da saúde brasileira. Mas evitaria, certamente, o roubo de R$ 2,3 bilhões registrado nos últimos oito anos da administração petista. Um dinheiro que poderia ter sido utilizado para reduzir o vergonhoso quadro de atendimento da população. Isso, sem falar nos demais escândalos registrados nos ministérios dos Transportes, Agricultura e Turismo, para ficarmos apenas nos mais recentes.
Temos, então, que gestão é importante, sim, presidente. Até para dar uma finalidade justa ao estratosférico montante de impostos arrecadado pelo Governo, que quebrou, recentemente, recordes históricos. Faltando, ainda, quatro meses para o fim do ano, a população - de formas direta e indireta - já pagou mais de R$ 1 trilhão. E recebeu muito pouco por isso.
Nossos hospitais e estradas - os verdadeiros, não aqueles dos filmetes de propaganda quer ajudaram a aleger o atual governo - estão sucateados. Os programas habitacionais jamais estiverem sequer próximos dos números fantasiosos apresentados como verdade. A situação do saneamento é lastimável. Cidades como o Rio sofrem com a falta de rede de esgotos e com o despejo in natura nos rios, lagoas, baías e oceano.
A educação pública exibe seu fracasso a cada Enem. A segurança tromba com a audácia cada vez maior dos criminosos. E, para 'coroar' esse quadro, repetem-se, nos três poderes, demonstrações explícitas de descaso com a opinião pública.
Falta gestão, sim, presidente. Em todos os níveis.
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