quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Um país sem gestão

     Depois da badalada entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, domingo (confesso que só vi algumas chamadas, por acaso, no intervalo do jogo do Vasco), na qual descartou a volta da CPMF, a presidente Dilma Roussef acentuou, hoje, em entrevista - desta vez - coletiva, a necessidade de mais recursos para a área de Saúde e minimizou a importância da gestão dos recursos públicos. Acho que a presidente não leu a manchete do jornal O Globo, ou a síntese do noticiário preparada pelos seus assessores.      Não chego a dizer que apenas a gestão séria e responsável do caixa do Governo resolveria os problemas da saúde brasileira. Mas evitaria, certamente, o roubo de R$ 2,3 bilhões registrado nos últimos oito anos da administração petista. Um dinheiro que poderia ter sido utilizado para reduzir o vergonhoso quadro de atendimento da população. Isso, sem falar nos demais escândalos registrados nos ministérios dos Transportes, Agricultura e Turismo, para ficarmos apenas nos mais recentes.
     Temos, então, que gestão é importante, sim, presidente. Até para dar uma finalidade justa ao estratosférico montante de impostos arrecadado pelo Governo, que quebrou, recentemente, recordes históricos. Faltando, ainda, quatro meses para o fim do ano, a população - de formas direta e indireta - já pagou mais de R$ 1 trilhão. E recebeu muito pouco por isso.
     Nossos hospitais e estradas - os verdadeiros, não aqueles dos filmetes de propaganda quer ajudaram a aleger o atual governo - estão sucateados. Os programas habitacionais jamais estiverem sequer próximos dos números fantasiosos apresentados como verdade. A situação do saneamento é lastimável. Cidades como o Rio sofrem com a falta de rede de esgotos e com o despejo in natura nos rios, lagoas, baías e oceano.
     A educação pública exibe seu fracasso a cada Enem. A segurança tromba com a audácia cada vez maior dos criminosos. E, para 'coroar' esse quadro, repetem-se, nos três poderes, demonstrações explícitas de descaso com a opinião pública.
     Falta gestão, sim, presidente. Em todos os níveis.

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