terça-feira, 20 de setembro de 2011

A 'nova' cara do PT

     A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que passou a última campanha segurando os copos de água da então candidata Dilma Roussef, durante os comícios, corre o risco de se ver obrigada novamente ao papel de coadjuvante na próxima eleição para a prefeitura paulistana.
     Apesar de todas as pesquisas de opinião apontarem para sua liderança, o Partido dos Trabalhadores, seguindo determinação do ex-presidente Lula, deve indicar o atual ministro da Educação, Fernando Haddad, que tem no currículo o extermínio das concordâncias e os escândalos no Enem.
     O deputado federal João Paulo Cunha, outro nome de peso no universo petista, também está em campanha, mas pela prefeitura de Osasco. Réu no processo do Mensalão, conta com o tempo e a falta de informação da população em geral. No meio do caminho, no entanto, uma enorme pedreira: o julgamento da sua participação no escândalo (sua mulher foi flagrada, na boca do cofre, retirando R$ 50 mil).
     São dois personagens distintos, com históricos bem diferentes. Haddad aposta no fato de ser um político novo, uma espécie de Dilma Roussef de terceiro time, e na força política do ex-presidente, capaz de eleger - é inegável, infelizmente - um poste 'batizado' por cachorros.
     João Paulo, ao contrário, representa o PT tradicional, fechado com Lula e de portas escancaradas para o ex-ministro José Dirceu e outros do mesmo time.
     As diferenças, no entanto, são apenas de fachada. O espírito é o mesmo. Acima de qualquer divergência, há um bem-estruturado projeto de poder, capaz de aliviar distensões e reduzir defecções.

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