Começa mal a nova ministra do Tribunal de Contas da União, a pernambucana Ana Arraes - filha do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes e mãe do atual, Eduardo Campos -, líder do PSB na Câmara. Logo na primeira entrevista após sua eleição para o TCU, se mostrou contrária à interrupção das obras consideradas irregulares ou sob suspeição. Segundo ela, "a paralisação às vezes sai mais cara".
Pelo visto, a nova ministra não entendeu bem o objetivo do tribunal para onde está sendo conduzida. Não se trata de causar mais ou menos prejuízos, a questão é se há, ou não, 'malfeitos'. Se há roubalheira, ministra, não interessa se a paralisação vai custar mais alguns reais à Nação. Tem que parar tudo, apontar os bandidos, exigir a restituição do roubo e - de preferência - colocar a cambada na cadeia.
Se o país seguisse o raciocínio torto da nova ministra, deixaria na rua mais da metade dos assaltantes que lotam os presídios. Afinal, sustentar a maior parte da população carcerária custa mais do que os caraminguás roubados por ela.
Pelo que indicam as fotos e personagens da comemoração pela eleição da ministra, essa visão diferente do que vem a ser o papel do TCU atende aos interesses de uma turma bem grande. Aliás, essa posição 'liberal' era defendida pela atual presidente, Dilma Roussef, quando ainda ocupava a Casa Civil, e se via açoitada pelos óbices às obras do tal PAC.
Se prevalecer, basta aos envolvidos nos projetos governamentais calcularem bem a bandalheira. E roubarem dentro dos novos parâmetros.
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