terça-feira, 27 de setembro de 2011

As marcas do obscurantismo

     A entidade Anistia Internacional revelou hoje que um tribunal da Arábia Saudita - uma das regiões mais ricas do mundo - condenou uma mulher a dez chibatadas, por ter sido flagrada comentendo um crime intolerável para os padrões muçulmanos locais: estava dirigindo um automóvel.
     Não duvido que seja uma questão de interpretação equivocada do Corão, um livro que, em tese, prega o entendimento e a paz entre os homens, como a Bíblia. Mas o que seria exceção, na verdade, é a regra nesse mundo islâmico tão diversificado.
     A intolerância e o obscurantismo, além de determinarem a vida de milhões de pessoas em países tão distintos quanto a Arábia Saudita, o Irã e o Afeganistão, por exemplo, podem decidir, também a morte de outros milhões em outras partes do mundo.
     Embora por trás de todas as disputas que marcam o nosso planeta esteja - de fato - o fator econômico, a necessidade de ampliar domínios e poder, prevalecem, no dia a dia, as radicalizações nascidas do fanatismo religioso, da ignorância, da estupidez que pune inocentes apenas por não praticarem a mesma cartilha ideológica.
     De outra forma, como explicar não só as chibatadas ou o apedrejamento de adúlteras, mas os ataques a ônibus escolares, como os praticados recentemente pelo talibã, no Afeganistão; as bombas em redutos turísticos, as decapitações públicas de 'infiéis'.

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