sábado, 24 de setembro de 2011

Impasse palestino

     Explorando a evidente boa vontade de grande parte do mundo com o drama dos palestinos - o povo, não seus líderes e manipuladores -, o ministro das Relações Exteriores, Riyad al-Malki, já anunciou que não aceita os termos da proposta feita pelas grandes potências (representadas por Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU), para a retomada da negociações de paz dirertamente com Israel.
     Dessa vez, a desculpa foi a não inclusão do pedido de congelamento da expansão dos assentamentos judeus no território palestino e o retorno israelense às fronteiras de 1967, anteriores à Guerra dos Seis Dias. Certamente, se essas reivindicações estivessem em pauta haveria outra.
      A questão dos assentamentos é complicada, mas teria - em tese - alguma chance de ser levada em consideração por Israel, embora a presença física de colonos judeus em terras da Cisjordânia e em Golã seja considerada estratégica para a segurança;
     A volta às fronteiras pré-Guerra dos Seis Dias me parece fora de questão. Israel já tem reiterado que essa expansão é fundamental e consolida o programa de segurança do país, que vive o drama de constantes ataques por foguetes disparados de áreas fora do controle mais direto, como a Faixa de Gaza.
     Sem que haja negociações de paz, não há futuro para as pretensões palestinas. Israel, através de seus aliados, terá sempre a chance de impor vetos à configuração do estado palestino. A não ser que seja definido claramente o respeito à sua - de Israel - existência. O que em nenhum momento foi assegurado.

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