Imaginem a cena: um expoente político europeu, ex-presidente de um país com o qual o Brasil mantém relações, anuncia a participação na nossa campanha eleitoral, apoiando - por exemplo - José Serra contra Marta Suplicy, em São Paulo. Seria uma loucura, certamente. Embaixada sitiada, consulados apedrejados, manifestações da CUT e do MST, discursos iracundos da ministra Ideli Salvatti.
Pois é. No entanto, a correspondente de O Globo em Buenos Aires, Janaína Figueiredo, confirmou a presença do ex-presidente Lula na parte final da corrida pelo governo argentino, apoiando, ao vivo e a cores, em comícios, a reeleição de Cristina Kirchner.
É uma atitude, no mínimo, deselegante, desrespeitosa com a oposição, que deve ser considerada, democraticamente. E configura-se uma clara e indevida interferência na vida de um país - vá lá - amigo.
Atitudes assim, desprovidas de lógica e bom-senso, foram a marca da política externa brasileira nos anos Lula. Situação que, parece está dando sinais de mudança. O Governo brasileiro acaba de anunciar o congelamento das contas do ditador líbio. É um tremendo avanço, especialmente para quem manteve-se intransigentemente ao lado de Muamar Kadafi, apoiou (ainda apoia?) o governo assassino do Irã e abraçou as piores ditaduras africanas.
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