terça-feira, 6 de setembro de 2011

Literatura e independência

     Nesses tempos de Bienal do Livro, tomo a liberdade de reforçar a recomendação para algumas obras que nos ajudam a entender especialmente o Brasil, embora avancem, também, pelo mundo. 1808 e 1822, de Laurentino Gomes, conseguem nos dar uma visão sem retoques da constituição desse país que comemora amanhã 189 anos de independência.
     Além de historicamente irrepreensíveis, os dois livros conseguem cativar, também, pela qualidade do texto, leve, inteligível para qualquer um e, ao mesmo tempo, elaborado. Como complemento a esse mergulho num passado nem tão distante, outra ótima opção é O Príncipe maldito, da historiadora Mary del Priore, que nos remete aos dramas da família imperial, ao acompanhar a vida de um dos netos de D. Pedro II, aquele que quase foi nosso terceiro imperador e que morreu no exílio, jovem e louco.
     As intrigas palacianas, a disputa entre os genros de Pedro II, as maquinações dos políticos de então, tudo se encaixa e ajuda a dar vida a personagens que, para a maioria dos mortais, são apenas nomes de ruas, bustos ou estátuas perdidas em praças públicas.
     E se você não tem preconceitos e está disposto a conhecer o 'outro lado' de algumas histórias que são vendidas como fatos e alimentam fantasias -digamos - libertárias, não deixe de ler Guia politicamente incorreto da América Latina, dos jornalistas Leandro Narloch e Duda Teixeira, uma obra apontada, como dizem os autores, para o falso herói latino-americano.

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