quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A reafirmação do PMDB

     O PMDB tem dado demonstrações diárias de sua inquebrantável capacidade de se manter no poder, a qualquer custo, a qualquer preço. Mudam os presidentes, o partido permanece. É bem verdade que abriu mão da veleidade de disputar o cargo mais importante da República. Deixou essa tarefa para os outros. O importante é estar presente na hora da divisão do bolo, ecoando, em escala nacional, a frase do ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, que pleiteava, para seus parceiros, "aquela diretoria que fura poço". Diretoria da Petrobras e poço de petróleo, é claro, que ele de simplório só tem o jeito.      Atropelado por mais uma demissão de ministro do seu latifúndio 'político', o partido não se abala. Sai um, entra outro, com os mesmos compromissos, certamente. Reunidos em Brasília, num encontro nacional, seus - dele, PMDB - líderes dão o tom da repercussão da nova cacetada moral que se abateu sobre o Governo Dilma.
     Na Folha, o presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp, de Rondônia, garante que o processo de substituição de ministros é natural e que não há sequelas, esquecendo, convenientemente, que não houve simples substituições, mas mudanças decorrentes de denúncias de corrupção.
     O líder do partido no Senado, Renan Calheiros, de Alagoas, reforça a mensagem. Segundo ele, o PMDB vive um "excepcional momento". Deve ser verdade. Apesar de todos os escândalos, o domínio sobre as 'diretorias que furam poços' continuou o mesmo. Assim como se aprofundou a convergência de ideais e objetivos entre os dois maiores partidos brasileiros, o velho PMDB e o velhíssimo PT.
     E o senador José Sarney, não fala? Não precisa. Ele manda.

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