quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Os desaparecidos

     Eu gostaria de saber por onde anda o governador Sérgio Cabral. Assim como em todos os momentos polêmicos da vida do Estado, ele se omite, transfere a responsabilidade das entrevistas. Massacrado hoje na página de cartas de leitores de O Globo, Cabral repete a rotina de apostar na rotina do oportuno desaparecimento.
     Isso, justamente quando a violência volta a merecer destaque nas primeiras páginas e horários nobres da televisão. O ônus ficou com o Exército, obrigado a explicar os embates com traficantes e moradores do Complexo do Alemão, cuja ocupação foi estendida - é bom não esquecer - a pedido do governo estadual.
     Outro desaparecimento muito sentido hoje, 7 de setembro, nas ruas das principais cidades do país, foi o das centrais sindicais e entidades estudantis, entre outros. A mobilização contra a corrupção não mereceu, sequer, uma faixa, daquelas bem vagabundas, um megafone de porta de brechó que fosse. CUT, Força Sindical, MST, UNE e quetais optaram pelo silêncio comprometido.
     Afinal, há alguns anos essas entidades 'representativas' da sociedade especializaram-se no protesto a favor, num comportamento vergonhoso, fruto da dependência financeira, da cegueira ideológica e, em especial, da barganha por cargos e poder.

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