A partir de terça-feira, quando do seu lançamento oficial, o PSD do prefeito paulistano Gilberto Kassab entra de sola na disputa com o velho PMDB pelo título de partido mais adesista e a favor de tudo do país, como mostra - com outras palavras - o Estadão de hoje.
Embora tenha se anunciado como 'independente' em relação ao governo federal, ninguém leva essa afirmação a sério. Basta analisar a capacidade que o novo partido tem de se ajeitar e aderir aos poderosos de plantão, sejam eles do PT, do PSDB, do DEM ou do PR.
Oposição, oficial, apenas em três estados. Mesmo assim, sujeita aos - digamos - interesses da nação (nação com letra minúscula, sinômino de grupo com 'objetivos' comuns).
Na prática, pela 'diversidade ideológica' demonstrada nas suas alianças e acertos, o PSD tem tudo para ser um dos pontos de apoio de qualquer governo, desde, é claro, que sua importância seja reconhecida através de postos em todas as esferas de poder.
Seus trunfos já foram apresentados amplamente: dois governadores (Omar Aziz, do Amazonas, e Raimundo Colombo, de Santa Catarina), dois senadores, 49 deputados federais e cinco vice-governadores. É uma tropa respeitável, pelo menos em termos numéricos.
"O PSD nasce eclético e novo na forma de fazer política", definiu ao Estadão um dos cinco vice-governadores da legenda, Robinson Faria, do Rio Grande do Norte, ex-PMN.
Eclético e novo. Só pode ser deboche.
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