quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Nas asas da Unimed

     Vamos lá. O presidente da Câmara dos deputados, o gaúcho Marco Maia, do PT, é claro, garante que pagou pelo uso de um avião particular no mês passado, mas não apresentou qualquer recibo ou comprovante. Sergundo ele, o voo custou a bagatela de R$ 16 mil, em duas parcelas. A primeira teria sido quitada ontem, cinco dias depois de o jornal O Estado de São Paulo ter denunciado essa - podemos chamar assim - parceria publico/privada.
     O nobre presidente da Casa que absolveu a deputada Jaqueline Roriz (PMBN-DF), com apoio total do seu partido (é só fazer as contas ...), e se prepara para absolver Waldemar Costa Neto (PR-SP) - um dos indiciados no Mensalão e acusado de pedir propina no Ministério dos Transportes -, admitiu ainda que usou aviões particulares quatro vezes, desde abril, a um custo total de R$ 54 mil.
     Como recebe pouco mais de R$ 26 mil brutos por mês, Maia comprometeu metade dos seus ganhos apenas com fretamento de aviões. É como se uma pessoa que ganha salário mínimo gastasse R$ 250 com passagens de ônibus.
     Segundo o Estadão, no voo mais recente, Maia usou um avião e um helicóptero da Uniair, empresa de transporte aéreo da Unimed. O deputado viajou de de Porto Alegre a Erechim, voltou à capital e foi bordejar por Gramado, sem os inconvenientes dos eventuais engarrafamentos que acometem os simples mortais. Tudo pago, mas sem esse tal de recibo, pelo menos até agora. Mas sempre vai dar tempo de providenciar os comprovantes necessários. O papel aceita qualquer coisa ...

2 comentários:

  1. Sem comentários..enquanto isso os mortais aqui trabalham e trabalham, e pagam contas e mais contas, impostos, taxas... e etc. Uma vergonha..

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  2. Eu sempre defendi a política como algo fundamental a um país, Patrícia. Mas essas últimas gerações têm feito com que eu perca as esperanças.

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