sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Funcionários e 'nomeados'

     Acredito que a interpretação dada aos números do IPEA sobre o aumento de funcionários públicos registrado nos governos Lula está equivocada. É verdade, sim, que houve um inchaço no funcionalismo (mais 155, contra 50 mil do período de Fernando Henrique), mas que pode ser atribuído - sem qualquer problema - às novas necessidades do país, que passou por uma fase de crescimento, e isso é indiscutível.
     Mais: esse aumento foi registrado em funcionários concursados, gente que passou pelas barreiras das provas e que atende à legislação. Não se trata de empreguismo. O grande problema das últimas gestões petistas não reside exatamente nesse ponto. A questão maior está na legião de nomeados para funções de assessoramento, cargos de confiança e coisas semelhantes.
      São 'funcionários' temporários, que só estão nos cargos porque pertencem ao partido dominante (PT) e a seus satélites. Estão no governo para fazer política partidária e/ou por exercerem essa atividade. Não há meritocracia, qualificação. A única exigência é ter militado, com algum destaque. E todos são pagos com o dinheiro que vem dos nossos impostos. Impostos que ajudam, de forma indireta, a abarrotar os cofres do partido, através do recolhimento do 'dízimo' que incide nos proventos.

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