quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O modelo da corrupção

     Sai (já está saindo há algum tempo) Pedro Novais (PMDB-PE) e entra outro do mesmo partido - seja lá quem for, o nome não importa. Assim como saíram os ex-mandatários dos Transportes e da Agricultura, deixando seus lugares para companheiros de agremiação e da tal base de sustentação do governo.
     O perfil - digamos - 'administrativo' não muda. A questão primordial é garantir as vagas da turma nos cargos comissionados e outros. Cada partido da base tem direito a uma cota de empregos, e ela precisa ser garantida, independentemente da qualificação dos ocupantes das funções.
     É assim que o país é governado, historicamente. Um modelo medíocre e suscetível à corrupção, mas que foi aprimorado pelo partido majoritário ano após ano, até se transformar nesse imenso cartório que envergonha e espolia a nação.
     Esse quadro explica a incrível sucessão de escândalos dos últimos anos. Ministros são obrigados a pedir demissão regularmente, envolvidos em 'malfeitos', para usar uma palavra ao gosto da presidente. E não apenas a turma do segundo escalão palaciano. De Antonio Palocci a Pedro Novais, foram defenestrados alguns pardais - é verdade -, mas muitos cardeais vistosos. Além de alguns pavões, ainda poderosos, que insistem em abrir seus leques.

Nenhum comentário:

Postar um comentário