quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Futebol festeja um exemplo

     Mais ouvi (vivia nos tempos das ondas do rádio) do que vi Barbosa, um dos meus ídolos de infância - pensei, até, em ser goleiro, por causa dele, antes de descobrir minha 'vocação' para artilheiro de peladas. Vi Gilmar ser bicampeão mundial. Vi Castilho. Também vi - por óbvio - Manga, Raul, Leão, Taffarel, Zétti, Félix, Marcos e uma dezena de outros bons goleiros. De lendário Jaguaré sei o que me contam as crônicas.
     Não posso afirmar, com convicção, quem foi o melhor de todos os tempos, naquela posição em que uma falha quase sempre é definitiva. Mas sou obrigado a reconhecer, com prazer, que a vida desse digníssimo Rogério Ceni merece entrar na história do futebol brasileiro, pela porta da frente, com direito a toque de clarins.
     Ao longo de 999 jogos pelo São Paulo, Rogério conquistou tudo o que um jogador pode sonhar. Vários títulos estaduais, brasileiros, da Libertadores e do Mundial Interclubes, além do imenso respeito (quase devoção) do torcedor. Na Seleção, diferentemente de toda a sua carreira, teve participação discreta: apenas 17 jogos, parte de um deles na Copa de 2006. Mas integrava o elenco que foi pentacampeão, em 2002.
     Sóbrio, sempre elegante, educado e ponderado, Rogério Ceni chega hoje à marca de 1 mil jogos pelo clube que o recebeu há exatos 20 anos e ao qual está integrado, ao que tudo indica, definitivamente. Não é exagero afirmar que ele é o personagem mais importante da história são-paulina e o mais influente no clube, hoje.
     Mil jogos por um clube - e incríveis 103 gols -, numa época em que a alta rotatividade é a grande marca do esporte, é um fato merecedor de toda a comemoração, independentemente de cores e paixões. Rogério entra num seletíssimo clube, logo atrás de Roberto Dinamite, o maior ídolo da história do Vasco (1.065 jogos) e de Pelé, o maior do mundo em todos os tempo, com seus 1.114 jogos pelo Santos.
     Que seja bem-vindo.

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