A cada feriadão - e como há feriadão no Brasil! -, uma certeza: haverá um número absurdo de mortes nas estradas. E não vejo comoção nas autoridades, nem na população em geral. É como se tudo já fizesse parte de uma grande programação macabra.
Motoristas lotam seus carros e saem de casa sabendo que podem não voltar, numa espécie de roleta-russa sobre quatro (ou duas) rodas. Bebida, imprudência, irresponsabilidade pura e simples, falta de policiamento adequado e estradas em péssimas condições formam o quadro ideal para catástrofes.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal divulgou hoje à tarde, foram 175 mortos e mais de dois mil feridos em quase sete mil acidentes. São números de tragédia, tratados, irresponsavelmente, como estatística.
A maior novidade, a julgar pela interpretação dos números feita pelos jornais e autoridades, foi a redução do total de vítimas fatais, se comparado ao do último carnaval. Grande consolo.
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