segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um ato irracional e isolado

     Continuo acreditando que uma das maiores tragédias do país - não pelo número, mas pelas vítimas e repercussão - tem apenas uma explicação: foi o ato isolado de um doente mental, um psicopata. Atribuir à ação motivações religiosas ou políticas, mesmo que alucinadas, é, para mim, uma tentativa de racionalizar algo que nada teve de racional, com o risco de se adicionar um componente potencialmente perigoso a um fato por si só tão doloroso.
     Houve, sim, uma conjugação de fatores lamentáveis. Ao desatino de um jovem desequilibrado e transtornado, somou-se a ação criminosa de alguns personagens deletérios, que intermediaram e realizaram a venda das armas usadas no massacre. Mas nem mesmo a esses criminosos pode-se atribuir uma relação absolutamente direta com a execução do crime. Por mais execráveis que sejam, eles certamente não imaginavam os propósitos do seu 'cliente', o que, por óbvio, não os desculpa, é claro.

2 comentários:

  1. Não há nada que justifique um ato insano.

    E quanto aos pais,os parentes e amigos das vítimas?

    Precisamos de muita oração..aqui no Brasil,Holanda,EUA,o mundo precisa de paz.

    ResponderExcluir
  2. Atos insanos requerem atenção nas suas causas, nos gatilhos sociais e assistenciais. Impossíveis de prever, mas provavelmente reduzidos com acompanhamento psicológico de desequilibrados como esse psicopata que provocou a tragédia de Realengo.

    ResponderExcluir