João Marcos, eu e João Carlos, com a tripulação do empurrador, no Rio Madeira, em foto de Alexandre Viana
Sábado - 24/07/99 - Tecnologia dá suporte à expedição
Humaitá, Amazonas (23h16) - Continuamos no Rio Madeira, navegando ao largo de Humaitá, cidade/confluência de duas das mais importantes e desafiadoras estradas amazônicas, as BRs 230 (Transamazônica) e 319 (Manaus-Porto Velho). Passa pouco das 22 horas de sábado (23 horas, no rio) e nosso GPS, sistema de navegação por satélite, indica que completamos 225 quilômetros de navegação, praticamente a quarta parte dos 1.050 quilômetros que separam Porto Velho de Manaus.
Ao mesmo tempo, nosso GPS indica que superamos a barreira das 100 horas efetivamente viajadas, nas estradas e no rio Madeira (não está computado o tempo gasto nos pernoites e na espera pelo embarque e pela execução obrigatória dos serviços de manutenção das três picapes).
A precisão do GPS (Global Position System) é tanta que sabemos, nesse exato momento, que nosso comboio fluvial (duas balsas e o empurrador) está se deslocando a 17,6 km/h.
Essa velocidade baixa, de segurança, fez com que nossa média de caísse para 57 km/h. Como vocês podem notar, além de funcional, o GPS é um belo brinquedinho ...
Brinquedinho semelhante ao sistema Autotrac, que estamos usando para enviar os textos sobre as diversas fases e acontecimentos do Projeto Integração, que vai nos levar ao Caribe, através de três regiões absolutamente especiais: o Pantanal Mato-Grossense, a Amazônia e a Grande Savana venezuelana.
Usando o sistema Autotrac, que por acaso também equipa nosso rebocador (foi desenvolvido para garantir a comunicação entre frotas e as centrais), enviamos nossos textos, via satélite, para uma base instalada no Rio de Janeiro. O processo é rápido e absolutamente simples.
Como é simples e eficiente o manuseio do telefone mundial Nera que também faz parte da tecnologia agregada à expedição. Graças a ele, e usando os serviços da Telenor, podemos manter contato direto com o mundo todo, a qualquer hora do dia ou da noite (o Nera usa os sinais de sete satélites). Até mesmo daqui, do meio da Amazônia, onde nossos celulares viraram peças decorativas.
PS: Há 12 anos, os notebooks ainda eram meros objetos de desejo para nós. Além de, no nosso caso, não atenderem às necessidades.
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