sábado, 23 de abril de 2011

Não há bons ditadores

     O desenrolar da enorme crise no Oriente Médio e norte da África aponta para novas e contundentes constatações, entre elas uma que eu me permito destacar: não há bons ditadores. Bashar Assad, o número um da Síria, herdeiro da cadeira 'presidencial', é, hoje, o maior exemplo de que o mundo livre não deve ser complacente com esses líderes que se julgam eleitos por algo divino e, por isso, acima do bem e do mal.
     De uma dezena de mortes para outra, descobrimos que o sírio Assad não é um  milímetro menos ruim do que o líbio Muamar Kadafi que, por sua vez, não se difere de outros genocidas africanos, semelhantes a ele em crueldade e arrogância.
     A cada exemplo de violência contra o próprio país, em nome - ou na falta - de causas, mais fica claro que o grande remédio para o mundo ainda é a democracia. Apesar de todos os seus defeitos e distorções, ainda não foi inventado outro regime que garanta aos povos o direito à escolha de seus caminhos, em ordem e dentro da lei.
     Figuras messiânicas, como Kadafi; aprendizes de feiticeiros, como Hugo Chavez; ou demagogos populistas, como Lula; são nefastas, ao tentarem encarnar a vontade da população, com base apenas nos seus próprios e quase sempre limitados horizontes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário