sábado, 16 de abril de 2011

As bizarrices do ministro

     O ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a ousadia dos que se sabem inimputáveis, garantiu que o preço da gasolina não vai subir em abril. E usou um argumento que, para ele, define bem sua autoridade no assunto: lembrou que é o presidente do Conselho da Petrobras e ministro, portanto acionista majoritário da empresa.
     Mantega, como se vivesse num mundo paralelo, bizarro, costuma se dar o direito de verbalizar esse tipo de afirmação, contando com a boa vontade e a falta de determinação dos que o ouvem. Se não fosse assim, alguém teria lembrado ao ministro que o preço da gasolina vem sofrendo aumentos diariamente e que já há postos de abastecimento no Rio de Janeiro cobrando absurdos R$ 3,00 ou mais pelo litro. Sem falar no escárnio do preço do litro de álcool, cotado a estratosféricos R$ 2,70.
     Para saber isso, não é preciso ser ministro ou coisa que o valha. Basta abastecer o carro, atividade que está cada dia mais difícil para os mortais comuns, num país em que a 'inflação' dos combustíveis já passa de 50%.
     Mas esses dissabores não ocorrem na vida dos abençoados funcionários de primeiríssimo escalão. Esses, não pagam pelo cafezinho que tomam.

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