segunda-feira, 25 de abril de 2011

Uma aventura caribenha - Capítulo 9




'Nossa' balsa, sendo carregada, em Porto Velho

Sábado - 24/07/99 - Quanto mais, melhor
     Rio Madeira (23h47) - Nosso grupo, em ocasiões anteriores, mostrou que gosta de sair por aí, explorando lugares e conhecendo gente. Mas mesmo assim, todos nós tivemos um pouco de dúvida sobre a reação a bordo das balsas que nos levariam a Manaus (fomos surpreendidos pela interdição da BR-319). Afinal, essa grande travessia dos 1.050 quilômetros que nos separam da capital amazonense, mesmo a favor da corrente, deveria levar, pelo menos, quatro dias inteiros. Somava-se a isso, o fato de que seríamos os únicos passageiros (todas as demais pessoas a bordo fazem parte da tripulação).   
     Em poucas horas, no entanto, todas as nossas dúvidas foram por água abaixo. Nosso primeiro dia a bordo revelou-se insuficiente. Quando nos demos conta, já era noite. Para mim um apaixonado por futebol (aliás, o único do grupo), foi como uma daquelas partidas que a gente nem sente passar. João Carlos Nogueira definiu do seu jeito essa sensação: "O dia passou como se fosse um filme". Alexandre descobriu que havia tanta coisa para ver e sentir que não sobrou tempo para dar uma geral nos adesivos das três Dakotas. João Marcos acumulou descobertas o dia todo, em conversas com o comandante Moisés e sua tripulação.
     Ainda bem que teremos mais três dias a bordo.

2 comentários:

  1. Obrigado, Patrícia. Eu estou gostando muito da oportunidade de 'falar', mais uma vez, desse misto de aventura e reportagem, um dos que mais me marcaram, pela diversidade de lugares e pessoas.

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