segunda-feira, 18 de abril de 2011

Entre o hambúrguer e a cannabis

     Ambos são deputados federais de partidos da base do governo, um eleito pelos fluminenses; o outro pelos paulistas. O primeiro, Jair Bolsonaro, do PP, foi merecidamente estraçalhado por ter feito declarações racistas e homofóbicas, passíveis de processo, por ferirem a Constituição. Imprensado - literalmente -, tentou explicar o inexplicável, procurou sair pela tangente e exibiu o cunhado negro como prova maior de que não poderia ser racista.    
     Já o outro, um tal de Paulo Teixeira, líder do ... PT, é claro, vem encontrando defensores, mesmo tendo afrontado a lei, ao defender a liberação do plantio e consumo de maconha, uma inegável e criminosa postura de apologia ao crime (não podemos esquecer que a venda de drogas ainda é ilegal por essas bandas). Uma posição que contraria - pelo menos oficialmente - a do próprio governo que ele representa na Câmara.
     Um de seus argumentos para defender a maconha, segundo palestra gravada, seria a liberdade que as pessoas têm para comer um sanduíche do McDonalds. É isso mesmo. Se eu posso comer um cheesebúrguer, meu vizinho pode plantar, consumir e negociar seu baseado. Ou, quem sabe?, socializar uma carreirinha ...
     Ao contrário do racista, que voltou ao programa humorístico CQC (Bandeirantes, segundas, 22h30) para desdizer o que dissera, o petista, segundo a Folha, sumiu de circulação desde que seus ... 'pensamentos' se tornaram públicos.
     Temos, aqui, dois casos de afronta à lei. Um criminoso, por ser de esquerda (seja lá o que isso for), merece todos os benefícios da liberdade de expressão. Ao outro, direitista assumido, reservaram-se as críticas mais rigorosas. Sinais dos tempos.

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